quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Revisão de Necrose


Necrose
Definição: necrose é morte de parte de um organismo vivo. Pode atingir celulas isoladas, áreas de um tecido ou órgãos inteiros.
Autólise: digestão de um tecido morto por suas próprias enzimas. Vale tanto para um tecido necrótico num organismo vivo como para a decomposição do organismo após a morte.
Causas da necrose
• Isquemia: a causa mais comum de necrose em órgãos vitais como coração e cérebro. A causa mais comum da isquemia é obstrução arterial por aterosclerose.
• Agentes físicos:
- mecânicos: traumatismo, compressão (EX: escaras de decúbito).
- calor ou frio intensos.
- radiações ionizantes.
• Agentes infecciosos: desde vírus a metazoários.
• Agentes químicos: ácidos e drogas diversas.
• Fenômenos imunológicos
A eliminação pode ser:
• Direta: levando a formação de uma ulcera (Ex: necrose da pele)
• Através de condutores naturais: Ex: a necrose caseosa de uma região do pulmão na tuberculose é seguida por eliminação por via brônquica.
• Através de trajetos neoformados: chamados fistulas, geralmente de causas infecciosas. Ex: um abscesso no cutâneo provoca a formação de um trato fistuloso que abre na pele.
• Através de fagocitose: frequentemente a partir da periferia. As células fagocitárias por sua vez são eliminadas por vasos linfáticos ou sanguíneos. Ex:no cérebro, onde não há linfáticos.
Morfologia da lesão celular reversível ao microscópio ótico
• Padrões:
- tumefação celularà incapacidade de manter a homeostase iônica e hídrica.
- degeneração gordurosaà acúmulo de vacúolos lipidicos no citoplasma.
Tumefação celular
• Membrana celular: bolhas, distorção de microvilosidades, afrouxamento das fixações citoesqueléticas.
• Mitocôndria: tumefação, rarefação, densidades fosfolipídios.
• Reticulo endoplasmático: dilatação e desprendimento ribossômico.
• Núcleo: desagregação de elementos da cromatina.

Lesão celular irreversível
• Alterações morfológicas e fisiológicas superam capacidade reacional de adaptação de célulaàmorte celular.
- Necrose e apoptose apresentam padrões semelhantes à microscopia óptica.
Necrose
• morfologicamente:
- Digestão enzimática
- Desnaturação protéica
• Digestão enzimática
- Enzimas catalíticas lisossomiais
- Celulares (autólise)
- Leucócitos imigrantes (heterólise)
Características morfológicas das células necrótica
•  eosinofilia
• Vacúolos no citoplasma
• Calcificação de células mortas
• Presença de figuras de mielina (fosfolipídios)
- saponificação: calcificação do fosfolipídios locais

Características morfológicas da célula necrótica
M.E
• membrana plasmática e organelas descontinuas
• Dilatação mitocontrial
• Densidades amorfas
• Picnose (retração nuclear)
• Cariorrexe (fragmentação nuclear)
• Cariólise (dissolução da cromatina)
Necrose de coagulação
Permanência das células necrótica no tecido como restos”fantasmas”.
Não ocorre proteólise celularà preserva contorno celularà textura firme.
São removidos lentamente por fagocitose a partir da periferia da área necrótica.
• Desnaturação protéica
• Degradação de organelas
• Tumefação celular
• Remoção por fagocitose e enzimas leucocitárias

Necrose caseosa: é um tipo especial de necrose coagulativa que se instala no meio da reação inflamatória provocada por certas doenças, principalmente a tuberculose.
• Detritos granulares amorfos de células fragmentadas e coaguladas.
- Característica de infecção tuberculosa.
- Microscopia: área semelhante a queijo
- Microscopia: células com formato indefinido, contendo restos celulares eosinofilicos, amorfos e granulares.
Necrose gordurosa
• Esteatonecrose = necrose do tecido adiposo.
• Enzimática
- Áreas focais de digestão por lípases pancreáticasàácinosàliquefaz membrana adipícitaàsaponificação da gordura (ácido graxo + cálcio)
• Traumática
- Agressão mecânica em subcutâneo de obesosàlípases do adipócito.
Necrose de liquefação
As células necroticas são removidas rapidamente por fagocitose em toda a área necrótica.
• Digestão enzimática da célula mortaàdissolução tissularàmassa viscosa líquida
- Infecção bacteriana/ fungica
Inflamação aguda: heteroliseà liquido viscoso amarelado = pus (leucócitos mortos)àabscesso

Gangrena
É uma forma especial de necrose isquêmica em que o tecido necrótica sofre modificação por agentes externos como ar ou bactérias.
Exemplos:
• No cordão umbilical após o nascimento: fica negro e seco.
• Nas extremidades inferiores, após obstrução vascular por aterosclerose, especialmente em diabéticos, traumatismos com lesão de vasos, moldes de gesso excessivamente justos, congelamento e etc.
Gangrena seca
• Há desintegração dos tecidos necrosados, que tornam-se secos duros como pergaminho, assemelhando-se aos tecidos das múmias (mumificação).
• Ocorre nas extremidades periféricas: membros,nariz,orelhas e pés. A parte gangrenada, além de dura e seca por perda de água, torna-se negra por alteração da hemoglobina.
Gangrena úmida ou pútrida
• Ocorre devido à invasão do tecido necrotico por bactérias que levam a sua liquefação e putrefação. A umidade dos tecidos facilita a penetração das bactérias.
• Formam produtos que se forem absorvidos, caracterizam a supremia, com intoxicação grave, geralmente letal.
• Pulmões, mucosas uterinas, intestino e pele.
Evolução das necroses
Tecido necróticoàestranhoàeliminado
• Absorção por tecidos circunvizinhos (fagocitose)
• Drenagem (vias excretoras)
• Calcificação do tecido necrosado

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